Que
aspectos éticos são considerados na testagem
de uma vacina?
Durante
seu processo de produção, as vacinas passam
por várias etapas
de teste: in-vitro, em animais não humanos e,
por último, em humanos. O teste de medicamentos em
animais e humanos envolve questões
bioéticas, pois podem causar riscos à
saúde dos voluntários. Por causa disso, países
como o Brasil exigem que o voluntário assine um termo
de consentimento, explicando os riscos aos quais está
se submetendo. Há inclusive uma legislação
própria para esse tipo de situação
no país.
Os
riscos
dos testes em voluntários humanos podem ser considerados
baixos, uma vez que as pesquisas in-vitro e em animais
não humanos permitem avaliar a gravidade das possíveis
reações à vacina experimental. Além
disso, o fato de que os primeiros
testes em humanos são feitos em indivíduos
saudáveis, reduz ainda mais as chances de adversidades
muito graves. Progressivamente os testes se estendem a indivíduos
com saúde mais vulnerável.
Apesar
disso, existem polêmicas em torno de alguns tipos
de experimentação, como é o caso de
testes
com caráter de urgência ou de testes
em pessoas privadas de liberdade, cuja realização
divide opiniões na sociedade. No caso da Covid-19,
por exemplo, a
Organização Mundial da Saúde (OMS)
publicou diretrizes que fornecem orientações
para os cientistas, comitês de ética e financiadores
em pesquisa com deliberações acerca dos
desafios encontrados nos estudos com humanos no combate
à pandemia.
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